Casas astrologicas

 

 

As casas astrológicas


Casa I
Analogia: Áries – Regente: Marte
Ritmo cardeal (Ação) – Elemento Fogo (identidade)
Frase: Ação no nível da identidade.
A casa I é a casa contígua à linha do Ascendente e esse é um fator determinante na formação dos princípios que regem a casa I.
Primeiramente vamos definir o que é o signo ascendente. A melhor maneira para definir o signo ascendente é como nossa membrana psicológica. Opera como um elemento de proteção, separando a unidade (sistema menor) do todo (sistema maior), é a primeira parte do um sistema que toca no meio, tem a função de filtrar e definir o que entra e o que sai do sistema na troca com o meio, bem como a qualidade desta troca. Outra boa maneira de ilustrar o ascendente é entendê-lo como através da qual olhamos para o mundo e, também através da qual nos projetamos neste mundo.
Então, sendo a casa I a casa contígua à linha do Ascendente, ela pode ser entendida como a área que se refere à projeção do caráter pessoal do eu no meio. E, vamos definir o meio como tudo e todos que não é o eu.
Para melhor entender, em primeiro lugar, é preciso perceber a roda das doze casas como uma seqüência de manifestações cíclicas e interdependentes de uma mesma totalidade. A casa I então, representa essa necessidade de auto-afirmação individual com o principal objetivo de definir o eu enquanto entidade em separado como um movimento de reação ao significado da casa XII que representa a dissolução e indiferenciação do eu diluído ao todo.
A constituição individual e a aparência física muitas vezes estão impregnadas com características do signo que ocupa a casa I. Todos os planetas posicionados na casa I indicam que a dimensão do eu representada por aquele planeta está exposto.
Também podem ser incluídas nesta casa as tendências pessoais e as inclinações do indivíduo para se manifestar na vida. Se o Sol pode ser entendido como o EGO (o centro da consciência e o pólo organizador central), o ascendente e a casa um podem ser entendidos como o meio, o caminho pelo qual este EGO tem que passar para se manifestar no meio. Todas as “condutas” de exteriorização do eu, ou seja, não é aquilo que está saindo, o que está sendo exteriorizado, pois isto é o Sol (EGO), mas sim o modo, a qualidade com que este eu está saindo.
Em síntese, esta casa está relacionada com um autentico processo de nascimento e definição de um sentido de EU e a cúspide (ponto inicial) da casa I (o ascendente) é o ponto de transição do não ser ao ser.

 Casa II
Analogia: Touro - Regente: Vênus
Ritmo fixo (segurança) – Elemento terra (matéria)
Frase: Busca da segurança no nível da matéria.
Na casa I presenciamos o nascimento de um sentido de eu, a busca imperiosa da afirmação de um eu saindo do estado de indiferenciação representado pela casa XII. Agora, na casa II presenciamos a necessidade de corporificação desta identidade que se descobriu separada do meio no momento casa I. Podemos associar a casa II, dentro do processo evolutivo e maturacional do ser humano, ao momento no qual o bebê descobre que o seio materno não é uma extensão de seu próprio corpo e, igualmente, quando este bebê descobre as mãos, tomando consciência do próprio corpo. A casa I, relacionada com o nascimento, nos dá a noção de somos alguém diferenciado do todo, já as descobertas relativas à casa II nos confirma esta separação a partir do fato inexorável de que temos um corpo, um invólucro individual que nos separa em definitivo do meio.
A casa II representa tudo o que nos dá segurança e nos situa no mundo físico, começando pelo nosso próprio corpo, sua estrutura e qualidade geral e, acima de tudo, a imagem corporal que temos de nós mesmos. Esta casa também está relacionada aos sentidos na relação direta com a percepção imediata do mundo físico, em especial com os prazeres proporcionados pelo mundo sensorial.
 Expandindo seu significado para a matéria exterior a nosso corpo, representa o valor que damos à matéria, nossa relação com as posses, o dinheiro e o poder que ele representa. Também diz respeito à forma de produção e retenção da matéria, com referência ao conforto e à segurança por ela proporcionada.
A segunda casa descreve a lente através da qual medimos nosso universo material e as qualidades e características da matéria-prima que dispomos para a construção de nosso mundo material. Matéria prima sobre a qual será aplicada uma técnica ou disciplina (casa VI), movida pela motivação e ambição para a edificação de algo (casa X).
A segunda casa está relacionada com a exploração material do mundo físico. Indica o caráter das faculdades e capacidades inerentes e diferenciadas em cada ser humano, que podem ser desenvolvidas para fins de concretização material, influenciando nossa auto-estima como seres corporificados e capazes de prover este corpo.
Em um nível mais básico, esta casa é uma indicação daquilo que constitui valores importantes para nossa segurança pessoal. Esses valores variam significativamente de pessoa para pessoa. O signo e os planetas aqui posicionados é que definirão a qualidade com que esta área da vida vai operar.

Casa III
Analogia: Gêmeos – Regente: Mercúrio
Ritmo: mutável (aprendizagem) – Elemento: Ar (social)
Frase: Busca da aprendizagem no nível social e intelectual.
Se na casa I o indivíduo se descobriu uma identidade em separado do todo e, na casa II se descobriu também separado no nível físico, agora, na casa III é o momento no qual este ente que se descobriu completamente em separado do meio descobrir como fazer para se comunicar, entender e se fazer entender, em relação a tudo que está ao seu redor. Representa a criança prestando atenção em tudo o que é dito e balbuciando as primeiras palavras, assim como experimentando e espertamente tentando transgredir as primeiras regras de interação social.
A casa III é a primeira casa do elemento ar na roda das casas. Ela representa o impulso para descobrir intelectualmente e simbolicamente como que as coisas funcionam, quais são as regras de interação social na relação com os outros seres que me rodeiam. Em outras palavras a casa III é a casa da comunicação e, as palavras-chave que a definem são: primeiros contatos intelectuais com o meio, irmão, primos, primeiros estudos, forma da comunicação, escritos, conhecimento geral e para fins práticos e pensamentos lógicos.
Então, a casa III nos representa a interpretação social do meio através da troca com os primeiros elementos interação social de nossa vida que são nossos irmãos, os primos e nossa vizinhança na primeira infância. E, por conseqüência, representa a qualidade com que nos relacionamos com estes elementos de nossa vida.
Esta também é chamada de a casa da mente concreta (em oposição à casa IX que fala de assuntos filosóficos) também porque seus assuntos dizem respeito à intelectualidade focada em assuntos práticos referentes à sobrevivência do indivíduo nas lidas do cotidiano.
Em um sentido interpretativo, a terceira casa nos fala da qualidade dos nossos primeiros estudos, a forma e a importância da comunicação em nossas vidas, em todas as suas formas de manifestação (escrita, oral, telefônica e-mail ou outros), também representa todas as formas de publicação ou outras produções científico/intelectuais (o pensamento científico diz respeito à casa IX mas a produção à casa III), as viagens curtas e os pequenos deslocamentos, que nos ensinam a respeito de nosso entorno geográfico.
A casa III revela as habilidades mentais e as experiências que durante a vida nos levarão a descobrir os valores e nossa real capacidade para com a aprendizagem e com a comunicação. Os signos e os planetas aqui posicionados revelarão a qualidade com que os assuntos referentes a essa área da vida vão operar.

Casa IV
Analogia: Câncer – Regente: Lua
Ritmo cardeal (ação) – Elemento água (emocional)
Frase: Busca da ação no nível emocional.
A casa IV representa, dentro do processo evolutivo e maturacional do ser humano, o momento no qual lhe é dado um referencial que o sustenta e embasa emocionalmente e, lhe dá um sentimento de pertencimento nutridor em uma família, uma cidade ou um país. Esta é uma das casas mais profundas do mapa natal e, muitas vezes uma casa cujo significado é negligenciado. Toda nossa construção enquanto seres humanos irá depender da estrutura (ou ausência desta) referenciada pela quarta casa.
Para sintetizar antes de expandir, a casa IV pode ser definida nas seguintes palavras-chave: família, casa, lar, tradições, base emocional, valores étnicos, raciais e pátrios, imagem que a pessoa faz da família e como nos relacionamos com ela, qualidades da casa/lar, família ou moradia da qual viemos e também da família/lar que construiremos.
Já estamos acostumados com o conceito de transmissão hereditária de padrões orgânicos através do estudo da genética, se quisermos entender um pouco mais nossa genética psicológica, sem dúvida, devemos nos reportar à casa IV. Ela pode revelar em muito a herança psicológica que recebemos de nossa família.
A quarta casa revela as condições necessárias e buscamos para nossa recuperação emocional, ela fala, em um sentido mais primitivo, da nossa caverna onde nos sentimos mais protegidos e que buscamos quando precisamos nos recuperar ou curar as feridas do enfrentamento como mundo externo.
As características desta casa revelam as influências, em nós, de nossa família de origem, também mostram a atmosfera ou “clima” que percebíamos neste lar bem como o tipo de condicionamento ou instrução subjetiva que recebíamos desta família.
O signo no qual a casa IV estará posicionada, bem como os planetas nela colocados revelarão as qualidades com que esta área da vida vai operar e, por conseqüência, de que modo nós iremos nos manifestar.
Nesta casa está representada a primeira etapa da vida, na qual se depende muito dos pais, e que pode ter sido uma estrutura para o desenvolvimento concreto do resto da vida ou, pelo contrário, pode indicar uma falta ou um conflito familiar que se transforma em um obstáculo de difícil solução, o qual deverá ser enfrentado e transformado para que o indivíduo se realize plenamente.
As limitações ou dificuldades retratadas pela quarta casa muitas vezes se refletem na realização profissional e na imagem pública que almejamos alcançar, representadas pela casa X, casa oposta e complementar à casa IV.

Casa V
Analogia: Leão – Regente: Sol
Ritmo fixo (segurança) – Elemento fogo (identidade)
Frase: Busca da segurança no nível da identidade.
A casa V é a segunda casa de fogo na roda das casas e representa a necessidade segurança da identidade nascida na primeira casa manifestada através da afirmação do EU que busca o reconhecimento. Uma identidade que busca se expor rompendo os limites seguros e protegidos representados pela família na quarta casa.
Em linhas gerais esta é a casa da geratividade e fala da qualidade de tudo que brota de nós e afirma nossa identidade perante o mundo. As palavras-chave que a definem são: auto-expressão criativa, filhos, jogos, hobbies, romances, vitalidade exteriorizada, exposição do eu.
Aqui temos uma identidade experimentando-se, buscando obter confiança em si mesma, medindo sua capacidade e potência individual no confronto com o mundo exterior. E, em suma, todas as atividades citadas no parágrafo acima servem como um reforço da segurança no sentido da identidade e, adiante, vamos analisá-las em maiores detalhes.
Os jogos, esportes e disputas em geral, que ocorrem desde a infância, servem para o EU se medir frente aos outros e nessas disputas descobrir maneiras de se fazer mais potente frente ao adversário.
Toda expressão criativa e artística é somente uma necessidade de expressão da identidade, pois não tem nenhuma relação direta com a sobrevivência, é quando o EU mostra algo que brotou dele e, esta obra só tem determinadas características e qualidades na relação direta com quem a criou, e o reconhecimento e a aceitação pelos outros desta obra refere-se diretamente a quem a criou. No mesmo patamar simbólico estão os filhos, pois estes saíram de seus pais e os representam, o sucesso de um filho enquanto indivíduo realizado, significa também o sucesso dos pais e os enche de orgulho próprio (a criatura reflete o criador).
Os hobbies e em geral todas as atividades que executamos somente porque nos realizam e nos dão prazer e que gostamos de, orgulhosamente, mostrar aos outros, também são atividades representativas da casa V.
A quinta casa também é a casa dos romances, as situações nas quais nascem os relacionamentos que, se duradouros, irão se refletir na casa VII.
O signo no qual esta casa esta posicionada, bem como os planetas nela colocados revelarão as qualidades com que esta área da vida vai operar e, por conseqüência, as qualidades que necessitamos manifestar para nos sentirmos realizados nesta área da vida.

 Casa VI
Analogia: Virgem – Regente: Mercúrio
Ritmo mutável (aprendizagem) – Elemento terra (matéria)
Frase: Busca da aprendizagem no nível da matéria.
A casa VI fala, essencialmente, da qualidade com que conduzimos nossa rotina, nosso dia-a-dia e tudo que se refere a disciplina para com a nossa matéria. As palavras chave que definem esta casa são: rotinas de trabalho, relação com colegas, chefes e subalternos, cotidiano, economia da matéria (inclui o corpo), saúde do corpo, higiene.
As três casas de terra estão diretamente relacionadas. Seguindo com a analogia, se a casa II representa a matéria prima da qual dispomos, a casa VI representa o método e a técnica e os instrumentos que utilizaremos para trabalhar esta determinada matéria prima e estes serão, necessariamente, diferentes para serem correspondentes a cada tipo de material.
Outro modo de entender mais profundamente o significado da casa VI é que ela é uma reação e uma continuidade à casa V. Se o significado a Quinta casa for a expressão criativa, a sexta representa a prática lenta e laboriosa na busca da materialização desta criatividade; se o significado de uma for os filhos, a outra representa a rotina obrigatória dos cuidados diários para com o rebento; Já se estivermos falando dos romances, a sexta representa os detalhes do corpo do parceiro tais como cheiros, pele e também, em especial hoje em dia, os cuidados como o uso de preservativos e uma gravidez indesejada.
Em uma grande síntese, a casa VI representa a qualidade de nossas rotinas e disciplinas para com o trabalho e a saúde.
Em relação às rotinas de trabalho ela representa todo trabalho rotineiro e repetitivo, nossa eficiência, eficácia e capacidade para com o trabalho, a qualidade da nossa relação com colegas de trabalho, superiores e subordinados, nossas atitudes perante os empregos, a categoria de nossa ocupação laboral e as possíveis dificuldades para obter tal ocupação. O ambiente de trabalho também está bem representado por essa casa e, se esse ambiente for muito diferente do descrito pelo signo que nela estiver posicionado, teremos dificuldades de levar a bom termo nossos compromissos.
Em relação à saúde, o qual é o substrato físico imprescindível para a atividade concreta e diária, indica as atividades e rotinas que preservarão nossa saúde ou, pelo contrário, qualidades que, quando exacerbadas, poderão degenerar em doenças. Também pode dar alguns indicativos sobre

Casa VII
Analogia: Libra – Regente: Vênus
Ritmo cardeal (ação) – Elemento ar (social)
Frase: Busca da ação no nível social.
Casa VII é a caso do outro e, as palavras-chave que a definem são: o outro, formas de associações e relacionamentos, casamentos, fidelidade ou infidelidade, todas as relações sob contratos, sociedades em geral, compromissos mútuos, uniões com propósitos, inimigos declarados, todos os outros aos quais estamos vinculados e, por isso, se tornam nossos espelhos.
Para entender a casa VII é importante falar, em primeiro lugar, da sua casa oposta e complementar: a casa I e o ascendente. A casa é a casa do EU manifesto no mundo e a casa VII significa o EU espelhado no outro. Enquanto a casa I é o centro do hemisfério do EU, a casa VII é o centro do hemisfério do outro.
Essa casa representa o outro, mas não o outro num sentido geral, ela representa “o” outro, aquele que galgou uma posição especial no nosso círculo social. Representa alguém com o qual se fez um vínculo explícito e duradouro, com quem firmamos algum tipo contrato ou aliança de mútuo compromisso. Em função deste vínculo estreito e da intensidade da convivência, este outro se torna um inexorável espelho que nos mostra facetas ainda não reveladas de nossa personalidade.
Esta casa fala das qualidades que projetamos no outro ao qual nos associamos por entendermos que este é o padrão ideal de relacionamento. Indica também as qualidades que julgamos necessárias no outro para nos unirmos a este. É necessário fazer uma distinção para evitar confusões: a casa sete não indica o tipo de pessoa pela qual haverá atração afetiva, isto é da ordem de Vênus que representa nossos afetos. A sétima casa fala das qualidades do relacionamento em si, o que se busca ao associar-se a alguém.
O signo e os planetas posicionados na sétima casa vão descrever e modular as qualidades com que tendemos a operar nesta área da vida, o tipo de parceria com as quais iremos nos unir, a sociedade ou parceria que iremos atrair para nós. A qualidade final com que percebemos cada casa é uma combinação das qualidades do signo e de todos os planetas nesta casa posicionados.

Casa VIII
Analogia: Escorpião – Regente: Plutão
Ritmo fixo (segurança) – Elemento água (emocional)
Frase: Busca da segurança no nível emocional.
Casa do oculto e do sexo: transmutação das profundezas, sexualidade, morte, putrefação e depuração, contato com nosso lado sombra, poderes ocultos, legados ou heranças, lado negro oculto que temos que enfrentar para continuar nosso crescimento.
A casa VIII representa o momento do contato com nossas profundezas, profundezas essas que, em grande parte, nos foram reveladas na intensidade do espelhamento representado pela sétima casa. Aqui se dá o contato com o lado sombra oculto em todos nós, o lado negro oculto que anseia por emergir e se revelar no contato com a parte consciente da psique. Esse lado sombra é uma parte nossa com a qual temos que contatar, enfrentar, aceitar e transmutar para continuar no caminho de crescimento.
Naturalmente associada a Escorpião e a Plutão, está diretamente relacionada com processos de depuração, morte e transformação. Muitas vezes não gostamos ou não ficamos à vontade para mostrar ou falar sobre os assuntos desta casa. Ela representa medos profundos, medos inomináveis
Outra dimensão do eu representada pela casa VIII é a sexualidade. Com todos os seus significados ocultos, o poder magnético do sexo, é algo que toca a todos nós profundamente. Na intimidade e no ato sexual são momentos em que revelamos partes nossas que usualmente ficam bastante escondidas. Com seu padrão visceral e instintivo manifestamos atitudes e necessidades que por vezes podem ser incômodas de revelar. Através do ato sexual podemos vivenciar uma espécie de transcendência no mais elevado êxtase, na união plena e íntima com outro ser, esquecemos de nossa própria individualidade e nos abandonamos para nos fundir com este outro.
Essa casa também é relacionada com heranças e legados, por oposição à casa II, que é a casa dos ganhos adquiridos por esforço próprio, a oitava diz respeito ao dinheiro e as posses que chegaram por meio do outro (morte de outro no caso de heranças) ou de vínculos sexuais (o dinheiro do parceiro).
A casa VIII e, acima de tudo um convite quase compulsório para vivenciarmos essas dimensões do eu, sem nenhuma dúvida, dolorosas e difíceis de serem encaradas, mas fundamentais para que sigamos em nosso caminho de crescimento.
Os padrões de manifestação de todos os assuntos referentes a essa casa são revelados pelo signo nela posicionado, bem como pelo posicionamento dos planetas.

Casa IX
Analogia: sagitário – Regente: Júpiter
Ritmo mutável (aprendizagem) – Elemento fogo (identidade)
Frase: Busca da aprendizagem no nível da identidade.
Quando olhamos para a roda das casas com uma noção de continuidade, as passagens de casas de água para casas de fogo têm um significado de nascimento em todas as três seqüências. O primeiro nascimento é o nascimento de fato marcado pela passagem da casa XII, que significa a ausência de identidade individual em função da total diluição do eu no todo, para a casa I que indica exatamente a manifestação primeira de um sentido de identidade. O segundo nascimento simbólico ocorre na passagem da casa IV, indicando a confortável proteção familiar que precisa ser abandonada para a busca do reconhecimento e afirmação de um princípio de identidade proposto pelos assuntos referentes à casa V.
A morte simbólica da casa VIII, terceira casa de água, tem um objetivo muito específico: somente após encararmos nossos monstros interiores ocultos, representados por nosso lado sombra, aquela parte nossa de difícil aceitação, mas fundamental para seguirmos nosso processo de crescimento. Agora, na casa IX temos uma identidade que busca o aperfeiçoamento após ter enfrentado os seus monstros ocultos e revelado seu lado sombra. Somente após aceitarmos que existe um lado sombrio em nós, é possível iniciar o aperfeiçoamento do eu em busca do que habita divino em cada um nós.
Em síntese, a casa IX representa todos os modos disponíveis para o indivíduo buscar o aperfeiçoamento de seu princípio de identidade que nasceu na casa I e se definiu na casa V. Entrar no caminho de uma filosofia ou praticar uma religiosidade que aproxime do divino e que oriente neste aperfeiçoamento do EU; todos os estudos superiores (inclui universidades) que levem a uma visão mais aprofundada do mundo em que vivemos; as longas viagens e o contato com o estrangeiro, mostrando modos de vida e ordens sociais muito distinta das quais estamos acostumados; as leis maiores, de ordem superior (os 10 mandamentos).
A qualidade com que cada um de nós vai se relacionar com os assuntos referentes à casa nove, vai depender do signo que estiver posicionado na cúspide (início) da casa, bem como dos planetas que estiverem nela posicionados. Sempre lembrando que o resultado final será uma combinação de todos os fatores(signo e planetas) envolvidos na casa.

Casa X
Analogia: Capricórnio – Regente: Saturno
Ritmo cardeal (ação) – Elemento terra (matéria)
Frase: Busca da ação no nível da matéria.
A casa X está posicionada no ponto alto do mapa natal e representa a culminação individual de um indivíduo.
Chegamos na terceira e última casa de terra da roda das casas. Na casa dois existe a percepção do corpo e a valoração do mundo material, analogamente podemos dizer que é o momento em que nos damos conta da matéria-prima que dispomos nessa vida, na próxima casa de terra a sexta, representa o método e a técnica e os instrumentos que utilizaremos para trabalhar esta determinada matéria prima e estes serão, necessariamente, diferentes para serem correspondentes a cada tipo de material. Agora, na casa X utilizaremos a matéria prima (o corpo e os bens adquiridos) através de uma técnica e uma disciplina de trabalho que é peculiar a cada um e, construiremos, ou melhor, edificaremos algo concreto e através disso, manifestaremos plenamente nosso eu no meio.
Na casa anterior, a nove, o indivíduo se aperfeiçoou, internamente (identidade, conhecimento de si) e externamente (conhecimento das coisas do mundo) e agora sua capacidade é colocada à prova pelo mundo concreto.
Realização profissional é a síntese desta casa. A construção de uma imagem pública reconhecida e admirada é uma ambição generalizada, pelo menos dentro de nossa cultura branca, ocidental cristã. A importância da posição social adquirida a partir do sucesso profissional faz uma das marcas desta casa de terra.
Esse é o momento da vida de um ser humano de maior culminação e cristalização do principio de individualidade. Este é o momento em que tudo converge para o EU, não existem tangentes ou subterfúgios. O indivíduo é buscado profissionalmente em função da qualidade específica que ele estabeleceu em seu trabalho, sendo ele um profissional liberal ou autônomo, o valor cobrado por seu trabalho está na razão direta da qualidade da imagem profissional que ele conseguiu construir. Se, trata-se de um funcionário de carreira, a posição conquistada dentro da empresa ou organização é que depende desta imagem construída.
Então, retornando, fica mais claro que não se trata apenas de construir algo, trata-se de se construir enquanto constrói algo. Para tentar resumir em uma palavra com um sentido elevado, esta é a casa da vocação, o que me sinto chamado a realizar.
As qualidades gerais dessa casa, ou seja, como será construída e mantida essa imagem profissional, quais atividades serão importantes para minha realização e outros atributos dessa área da vida, irão depender do signo que estiver posicionado na cúspide (início) da casa, bem como dos planetas que estiverem nela posicionados. Sempre lembrando que o resultado final será uma combinação de todos os fatores (signo e planetas) envolvidos na casa.

Casa XI
Analogia: Aquário – Regente: Urano
Ritmo fixo (segurança) – Elemento ar (social/intelectual)
Frase: Busca da segurança no nível social e intelectual.

Tradicionalmente chamada de a casa dos amigos, a casa XI pode ser sintetizada como a casa dos grupos.
Seguindo com a relação de que todas as casas são uma conseqüência e uma reação à casa anterior, na décima casa houve o máximo de cristalização da individualidade, tudo se refere ao eu que se especializou na casa nove e agora chama toda a responsabilidade para si. Agora, na décima primeira casa o indivíduo se volta para o grupo, existe a necessidade de uma identidade grupal, no entanto, essa identidade grupal é influenciada, em muito, por sua realização profissional.
Somente na medida em que se sente produtivo, realizado, na sua relação prática e concreta com seu entorno, o ser humano consegue ter orgulho de si e isto é a base para uma estruturação de seu EGO social.
Na casa XI, o poder da sociedade, da coletividade ou do grupo é liberado através do indivíduo e, mais precisamente, é liberado através das atividades que esse indivíduo desempenha dentro de determinado grupo social. As habilidades pessoais desenvolvidas por este indivíduo, inicialmente para fins de sobrevivência, posteriormente como forma de reconhecimento profissional, agora são colocadas a disposição de determinado grupo ou agremiação. A motivação agora é desenvolver um sentido segurança social, uma noção de pertencimento a algum grupo com o qual se está identificado o que ajuda este indivíduo a definir a sua posição ideológica na relação com o mundo.
Esta casa é análoga ao signo de Aquário e regida pelo planeta Urano. Ela revela as qualidades e características presentes em nós quando travamos contato com as atividades grupais, que qualidades julgamos importantes nas pessoas para que as consideremos amigas ou ainda o que buscamos quando colocamos o eu vinculado a um grupo. Em suma, qual é minha identidade grupal.
A décima primeira casa também é a base ideológica de um indivíduo. Via de regra, os grupos formados sob o auspício dessa casa não operam para fins de diversão e lazer (isso é assunto da casa V), mas existe um forte cunho ideológico em comum que faz com que estas pessoas se mantenham unidas.
As qualidades gerais dessa casa, e outros atributos dessa área da vida irão depender do signo que estiver posicionado na cúspide (início) da casa, bem como dos planetas que estiverem nela posicionados. Sempre lembrando que o resultado final será uma combinação de todos os fatores (signo e planetas) envolvidos na casa.

Casa XII
Analogia: Peixes – Regente: Netuno
Ritmo cardeal (aprendizagem) – Elemento água (emocional)
Frase: Busca da aprendizagem no nível emocional.

De todas as casas astrológicas, esta é, na minha opinião, a mais difícil de descrever, pois se tratar tentar comunicar algo que é em sua própria natureza indescritível.
A casa XII é a casa da dissolução, este simbolicamente é o momento no qual EGO individual, que veio lentamente se estruturando desde o nascimento de um sentido de identidade representado na casa I, retorna à união com o todo.
Essa casa também está tradicionalmente ligada à religião, diferente da religiosidade representada pela casa IX. Aqui temos o sentido bem estrito do termo religião (do latim religare), religar o humano ao divino. Depois de todo o trajeto em busca da individuação iniciado na casa um, este é o momento do ser humano preparar-se para a dissolução e o retorno da gota da identidade ao oceano da divindade. A prática religiosa é, seja de que natureza ela for, uma forma que o ser humano encontrou de doar um pouco do seu tempo de vigília para reverenciar o divino.
Em contrapartida à sua casa oposta, a sexta, que fala das rotinas e disciplinas de saúde do corpo, a casa doze fala das rotinas e disciplinas para a saúde da alma. Assim, chegamos no nosso inconsciente que também está representado por esta casa. Os processos terapêuticos e a busca do autoconhecimento necessariamente adentram os portões da casa XII, após terem abandonado os porões dos significados ocultos da casa VIII, a casa de água anterior.
O signo posicionado na cúspide (início) desta casa indica a melhor freqüência que podemos utilizar para contatar e tentar traduzir, ou no mínimo fazer um contato do inconsciente para o consciente. Fundamental para nossa sanidade, caso em contrário, corremos o risco de sermos engolfados e tragados pelo oceano do inconsciente e, acabarmos em alguma instituição de isolamento e privação, significado tradicionalmente atribuído a essa casa.

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